terça-feira, 16 de julho de 2013

No dia 16 de julho a integrante Kimberly Duarte foi até o posto de saúde do Sertão do Maruim para coletar informações sobre o trabalho e conseguir material para ser exposto no dia da mostra.
 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Adesivos podem substituir agulhas em vacina do futuro, dizem cientistas

Um adesivo que é colocado na pele para aplicar vacinas de forma barata e eficaz foi apresentado durante a conferência TEDGlobal em Edimburgo, na Escócia.
Substituir a agulha por um nanoadesivo pode transformar a prevenção de doenças mundo afora, disse o inventor da tecnologia, o pesquisador Mark Kendall, da University of Queensland.
Segundo ele, o novo método abre caminho para vacinas de uso fácil para doenças como a malária, por exemplo.

Outros especialistas deram boas vindas à novidade, mas disseram que o método pode não ser apropriado para todos os pacientes.

Método antigo


A palestra de Kendall em Edimburgo teve uma simbologia histórica: há 160 anos, Alexander Wood pediu a primeira patente para a agulha e a seringa.
"A patente era quase idêntica às agulhas que usamos hoje. É uma tecnologia de 160 anos", disse Kendall.
Aliada à água limpa e saneamento, ela cumpriu um papel fundamental no aumento da longevidade em todo o mundo, acresentou. Mas para Kendall, talvez tenha chegado a hora de atualizarmos essa tecnologia.
O nanoadesivo é baseado na nanotecnologia - que permite manipular a matéria em escala atômica e molecular, ou seja, em dimensões infinitamente pequenas.
Ele supera algumas das desvantagens mais óbvias de vacinas convencionais, como o medo da agulha e a possibilidade de contaminação provocada pelo uso de agulhas sujas.
Mas há outras razões pelas quais o método pode ser transformador, disse o professor.
Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada, seca, sobre a pele.
"As saliências no adesivo trabalham com o sistema imunológico da pele. Nosso alvo são essas células, situadas a um fio de cabelo de distância da superfície da pele", disse Kendall.
"Talvez estejamos errando na mira e deixando de atingir o ponto imunológico exato, que pode estar na pele e não no músculo, que é onde as agulhas tradicionais vão".
A equipe australiana disse ter notado que as respostas para vacinas aplicadas por meio do nanoadesivo foram completamente diferentes daquelas aplicadas com o uso da seringa tradicional.
A quantidade de vacina necessária, por exemplo, é muito menor - até um centésimo da dose normal.
O preço de 'uma vacina que custa US$ 10 pode ser reduzido para US$ 0,10, o que é muito importante no mundo em desenvolvimento', acrescentou.

Vacinas sem efeito


Outro ponto fraco das vacinas tradicionais é que, por serem líquidas, precisam ser mantidas no refrigerador, desde o laboratório até a clínica onde é feita a vacinação.
'Metade das vacinas aplicadas na África não estão funcionando direito por causa de falhas na refrigeração em algum momento'.
Quando Kendall disse, durante a conferência, que a vacina nanoadesiva poderia ser mantida a 23ºC durante um ano, a plateia respondeu com aplausos calorosos.
Um representante da Brithish Society for Immunology, a sociedade britânica de imunologia, fez algumas ressalvas.
'Essa abordagem traz esperanças de vacinação fácil e em grande escala, já que ela tem como alvo um tipo de célula imunológica chamada célula Langerhans, que existe em abundância na pele', disse Diane Williamson'.
'Essas células absorvem avidamente a vacina e são capazes de desencadear a resposta imunológica'.
'Porém, um dos problemas em potencial na aplicação (da vacina) sobre a pele é o tempo de aplicação e como garantir a administração da quantidade adequada de vacina'.
'Além disso, talvez haja problemas de tolerância do adesivo em alguns pacientes. Mas se esses problemas puderem ser superados, o nanoadesivo tem o potencial de substituir a aplicação convencional, baseada em aplicação intramuscular por agulha'.
O nanoadesivo começará a ser testado em breve na Papua Nova Guiné, onde suprimentos de vacina são escassos.
Kendall disse que acha difícil imaginar um mundo sem agulhas e seringas tradicionais, mas espera que o novo método possa ser utilizado em grande escala.


Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada,
seca, sobre a pele.

Como estará a Saúde Pública nos próximos anos?

O estado de saúde sobretudo dos países latino-americanos e do Caribe é preocupante. Afinal, 230 milhões de habitantes da América Latina e do Caribe não contam com seguro-saúde; 82 milhões de crianças não completam um programa de vacinação; 120 milhões estão sem acesso à saúde por razões econômicas; e 107 milhões sem acesso à saúde por razões geográficas.

A discrepância entre os países ricos e os pobres é grande, o que permite destacar a necessidade de ações urgentes para a melhoria da saúde onde ela é mais necessária.

Esse quadro é consequência do processo de globalização dos últimos anos, responsável pelo aumento da pobreza e pelo desenvolvimento econômico desigual. A globalização não tem portas. Por isso, temos que criar novas condutas para esse mundo sem portas, um pacto de superação das desigualdades.

Entendendo que as más condições de saúde de algumas populações são reflexos da desigualdade social, enfrentar os problemas da saúde pública exige também uma redistribuição das riquezas. Seria necessário construir um sistema de saúde forte e sustentável, transferindo recursos dos países ricos para os países pobres.

Os sistemas de saúde devem ter a capacidade de garantir a todos os seus cidadãos proteção social em saúde e serviços de qualidade; de contribuir para eliminar as desigualdades no acesso; de proporcionar aos grupos sociais excluídos oportunidade para receber atenção integral; e de satisfazer as necessidades e demandas de saúde da população.

Para o novo milênio, a saúde pública precisa de governantes que tenham como princípio a atenção primária à saúde; a promoção da saúde; a proteção social em saúde e a saúde como um direito humano. Algumas ações são fundamentais na construção de uma saúde global para o futuro: saúde como um bem público global, como forma de segurança de todos, como a chave para novos tipos de governança no âmbito global; que programas privados e setoriais passem a ter mais responsabilidade com a saúde (a exemplo do Programa Fome Zero no Brasil, que está mobilizando diversas instituições particulares), e que saúde pública seja entendida como componente de direito e cidadania humana.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A descoberta de Alexander Fleming

Alexander Fleming foi o cientista que descobriu a penicilina. A descoberta aconteceu em 1928, enquanto o pesquisador trabalhava num hospital de Londres, na Inglaterra, em busca de uma substância que pudesse ser usada no combate a infecções bacterianas. Fleming havia trabalhado como médico em hospitais militares durante a Primeira Guerra Mundial e, por isso, sabia o quanto era urgente produzir esse medicamento.

Em suas pesquisas, Fleming fazia o que os cientistas chamam de cultura, ou seja, colocava bactérias numa placa cheia de nutrientes, em condições ideais para elas crescerem e se multiplicarem, a fim de poder observá-las. Um dia, o pesquisador saiu de férias e esqueceu, em cima da mesa no laboratório, placas de cultura de uma bactéria responsável, na época, por graves infecções no corpo humano: a Staphylococcus aureus. Ao retornar, semanas depois, percebeu que algumas dessas placas estavam contaminadas com mofo, algo bastante comum.

Fleming estava prestes a lavar as placas, quando Merlin Pryce, seu antigo assistente, entrou no laboratório e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes e então percebeu que, em uma das placas, havia uma área transparente ao redor do mofo, indicando que não havia bactérias naquela região. Aparentemente, o fungo que tinha causado o mofo estava secretando uma substância que matava as bactérias. Fungo da penicilina
Fleming identificou esse fungo como Penicillium notatum e, por isso, chamou a substância produzida por ele de penicilina. Posteriormente, descobriu-se que a penicilina matava também outros tipos de bactérias, e o melhor: ela não era tóxica para o corpo humano, o que significava que poderia ser usada como medicamento.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Tema solicitado - Matemática

Dados:


Cada vacina contra a gripe H1N1 necessita da utilização de 3 cepas do vírus influenza cada:
2 cepas do vírus influenza do tipo A + 1 cepa do vírus influenza do tipo B.

Até hoje, o instituto Butantan distribuiu 6,5 milhões de doses da vacina contra a gripe, e a meta para os próximos dois anos é chegar a 44 milhões de unidades.

Hoje, só é possível ampliar o calendário de vacinação contra a gripe, porque 90% das doses são produzidas no Brasil.

Contas:


6,5 milhões de doses até hoje= 6,5x3= 19,5 milhões de cepas do vírus influenza necessárias.
2 cepas do vírus tipo A e 1 do tipo B= 19,5/3= 6,5 cepas do tipo B e (19,5-6,5) 13 cepas do tipo A.

Meta próximos anos é de 44 milhões de unidades= 44x3= 132 milhões de cepas do vírus influenza necessárias.

2 cepas do vírus tipo A e 1 do tipo B=132/3= 44 cepas do tipo B e (132-44) 80 cepas do tipo A.

90% são produzidas no Brasil= 90% de 6,5 milhões= 90x6,5= 585/100= 5,85 milhões das vacinas que já foram distribuídas, foram produzidas no Brasil.

Quantas não foram produzidas no Brasil= 6,5-5,85= 0,65 milhões das vacinas que já foram distribuídas, não foram produzidas no Brasil.

90% são produzidas no Brasil= 90% de 44 milhões= 90x44= 3960/100= 39,6 milhões das vacinas que irão ser distribuídas, serão produzidas no Brasil.

Quantas não serão produzidas no Brasil= 44-39,6= 4,4 milhões das vacinas que serão distribuídas, não serão produzidas no Brasil.

domingo, 7 de julho de 2013

Vacinação no Brasil - Histórico

1804  - Instituída a primeira vacinação no País - contra a varíola.

1808 - Criação da primeira organização nacional de saúde pública no Brasil. E, em 27 de fevereiro, foi criado o cargo de Provedor-Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, embrião do Serviço de Saúde dos Portos, com delegados nos estados.

1885 - Introdução da primeira geração da vacina antirrábica.

1889 - Um surto de peste bubônica se propaga no porto de Santos, levando o governo a adquirir a Fazenda Butantan para instalar um laboratório de produção de soro antipestoso, vinculado ao Instituto Bacteriológico (hoje Instituto Adolpho Lutz).

1897 - Primeira geração da vacina contra a peste.

1904 - Instituiu-se a “Reforma Oswaldo Cruz”, que criou o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção, com a responsabilidade de combate à malária e à peste no Rio de Janeiro (Decreto Legislativo nº 1.151, de 5/1/1904).
- Edição do decreto da obrigatoriedade da vacinação e da revacinação contra a varíola, em toda a República (Decreto nº 1.261, de 31/10/1904).

1907 - Criação do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual Instituto Oswaldo Cruz), onde foram estabelecidas normas e estratégias para o controle dos mosquitos vetores da febre amarela (Decreto nº 1.802, de 12/12/1907).
- A febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em setembro de 1907, no IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro.

1937 - Produção e introdução da vacina contra a febre amarela.

1950 - No início da década, implantação do toxóide tetânico (TT) e da vacina DTP, em alguns estados.

1961 - Primeira campanha de vacinação com a vacina poliomielite, projeto experimental em Petrópolis/RJ e Santo André/SP.

1962 - Primeira campanha nacional contra a varíola.

1967 - Introdução da vacina contra o sarampo para crianças de oito meses a quatro anos de idade.

1968 - Inicia-se a vacinação com a vacina BCG.

1970 - Registros oficiais do Ministério da Saúde sobre casos de doenças preveníveis por vacinação (casos de poliomielite, varíola, difteria, coqueluche, sarampo e tuberculose)

1973 - Criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI.

1975 - Instituição do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.

1977 - Instituído pela Portaria nº 452 o primeiro Calendário Básico e o Cartão de Vacinas com as vacinas obrigatórias para os menores de um ano de idade.

1989 - Implantação gradativa da vacina contra hepatite B inicialmente na área do Purus - Boca do Acre e Labréa.

1992 a 2002 - Implantação gradativa, nos estados, da vacina dupla (sarampo e rubéola) ou tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

1996 - Redefinição das estratégias de vacinação contra hepatite B em menores de um ano de idade, em todo o país, e ampliação da faixa etária para 15 anos na Amazônia Legal, SC, ES, PR e DF.

1999 - Realizada, em abril, a 1ª Campanha de Vacinação do Idoso (a partir dos 65 anos de idade) com a vacina contra influenza.

2000 - Mudança na faixa etária da Campanha de Vacinação do idoso (maiores de 60 anos de idade).

2003 - Atualização do calendário de vacinação para a faixa etária de 12 meses a 11 anos de idade.

2004 - Campanha de Vacinação de Seguimento contra Sarampo Caxumba e Rubéola para crianças de 12 meses a quatro anos, na qual foram vacinadas 12.777.709 crianças, 92.80% de cobertura vacinal.

2006 - Inclusão da vacina contra o rotavírus humano para os menores de seis meses de idade.
                                                                                                                                
2008 - Campanha nacional de vacinação contra rubéola, com 68 milhões de adolescentes, jovens e adultos vacinados.

2009 - A Organização Mundial da Saúde informa, em 11 de junho, que a pandemia da influenza A (H1N1) 2009 passou à fase 6: disseminação da infecção entre humanos, no âmbito comunitário, ocorrendo em diferentes regiões do mundo e oficializando a pandemia de influenza com o vírus A.

2010 - No período de 8 de março a 2 de junho, realização da Estratégia de Vacinação Contra o Vírus Influenza Pandêmica A (H1N1) 2009, dirigida a crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, gestantes, indivíduos com co-morbidades, adultos saudáveis na faixa etária de 20 a 39 anos de idade, com mais de 89,6 milhões de brasileiros vacinados.

2011 - A vacinação contra a influenza foi ampliada para as crianças na faixa etária de seis meses a menores de dois anos, gestantes, trabalhadores de saúde das unidades básicas que fazem atendimento para a influenza e povos indígenas, além dos idosos com 60 anos e mais de idade.
- Ampliação da vacina contra hepatite B para a faixa etária entre 20 e 24 anos de idade.

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=29489

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Temas solicitados - História:

Revolta da vacina 1904


A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O motivo que desencadeou isso foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.

Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revoltas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos. Por isso é tão importante a divulgação da vacina, para que todos se conscientizem do bem que ela faz. Para erradicar a varíola, o sanitarista Oswaldo Cruz convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (que foi o estopim da revolta), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.

No dia 5 de novembro, a oposição criava a Liga contra a Vacina Obrigatória. Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos, quebrou postes e atacou as forças da polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. No dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal. A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de defesa (no Estado de Defesa, há ameaça a ordem pública ou a paz social e Grave ou iminente instabilidade institucional. O presidente da República é quem o decreta). A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre. Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital.

 

Reforma urbana e exclusão social


A Reforma Urbana é uma política de planejamento social elaborada a fim de democratizar o direito à cidade. A sua plataforma de ação se faz no sentido de readequar o espaço das cidades que não é utilizado ou que é utilizado de forma precária e, nesses locais, proporcionar a construção de moradias ou de espaços sociais públicos, que teriam a função de atender demandas como lazer, cultura, saúde, educação e outros.
Essa proposta parte da construção de críticas que acusam o atual sistema capitalista de transformar o espaço em mercadoria e, por isso, tornar injusto o seu acesso para as classes menos abastadas, o que contribui para a difusão de problemas como a favelização e a segregação urbana (isolamento de grupos étnico-culturais). Por isso, acredita-se que é preciso repensar a política urbana nacional, contendo o crescimento desordenado das cidades e proporcionando um maior e melhor uso de espaços ociosos.

Gripe A


A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína ou Gripe A) é uma gripe pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A doença é causada pelo vírus influenza A H1N1.

A gripe foi inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou por diversos países. Desde junho de 2009 a OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou o nível de alerta de pandemia para fase 06, indicando ampla transmissão em pelo menos 02 continentes.
Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta, fraqueza. Entretanto, diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em pessoas jovens.

Antes de 1918, a gripe em humanos era uma doença bem conhecida, mas nunca tinha sido descrita em porcos. Com a pandemia da Influenza A H1N1 que ocorreu em 1918 e 1919 (mais conhecida como Gripe Espanhola), milhões de pessoas foram afetadas e muitos porcos também passaram a apresentar sintomas respiratórios que se assemelhavam muito à doença nos humanos. Desde 1958, 37 casos da gripe suína em humanos foram documentados. Seis casos resultaram em morte e 44% dos pacientes tinham exposição a porcos.

Segundo a OMS, 207 países e territórios notificaram casos confirmados laboratorialmente de gripe suína, incluindo pelo menos 8.768 óbitos.Como a doença se espalhou amplamente, alguns países pararam de contar casos individuais, principalmente aqueles que apresentam sintomas leves, de modo que a OMS agora só divulga o total de óbitos.

Existe uma vacina para porcos e outra para pessoas. A vacina contra a gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem investigando formas de tratamento.

O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina contra a gripe suína e prevê finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.

Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mapearam as sequências genéticas dos primeiros vírus influenza A (H1N1) a chegarem ao Brasil, que foram, segundo o Ministério da Saúde, coletados de quatro pacientes: dois do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um de São Paulo. Segundo uma análise preliminar, o vírus encontrado nos casos brasileiros é idêntico ao que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnósticos.

Gripe espanhola


 Foi uma pandemia do vírus influenza que se espalhou por quase toda parte do mundo. Foi causada por uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza A do subtipo H1N1.

Os primeiros casos conhecidos da gripe na Europa ocorreram em Abril de 1918 com tropas francesas, britânicas e americanas, estacionadas nos portos de embarque na França.
Em Maio, a doença atingiu a Grécia, Portugal e Espanha. Em Junho, a Dinamarca e a Noruega. Em Agosto, os Países Baixos e a Suécia. Todos os exércitos estacionados na Europa foram severamente afetados pela doença, calculando-se que cerca de 80% das mortes da armada dos EUA se deveram à gripe.

“Todos os médicos e pessoas que estavam vivos por altura da gripe espanhola, em 1918, dizem que foi a doença mais terrível que o mundo já viu. homens fortes, num dia ainda saudáveis e robustos, estavam mortos no dia seguinte. A doença, além das características da peste, tinha as do tifo, da difteria, pneumonia, varíola, paralisia e todas as doenças contra as quais essas pessoas tinham sido vacinadas logo após a I Guerra Mundial. Quase toda a população fora contaminada com uma dúzia ou mais de doenças. Foi uma tragédia quando todas essas doenças começaram a declarar-se ao mesmo tempo.

No auge da epidemia fecharam todas as lojas, escolas, empresas e até o hospital. Também os médicos e o pessoal de enfermagem tinham sido vacinados e tinham adoecido com a gripe.
Afirmou-se que a epidemia da gripe de 1918 teria morto 20.000.000 pessoas em todo o mundo. Na realidade, elas foram mortas em consequência dos medicamentos e tratamentos grosseiros e mortais.”
Relatório de uma testemunha: “Só pessoas vacinadas adoecem” (Fonte original: Eleanora McBean “Vacinação condenada”, com revisão e tradução de Hans Tolzin).